O envelhecimento da população pode estar entre as causas do aumento de diagnósticos de linfoma não Hodgkin. Mas, pode haver origens ambientais. O ator Reynaldo Gianecchini teve o diagnóstico confirmado ontem
O número de novos casos de linfoma não Hodgkin duplicou de 25 anos para cá no País, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Na quarta-feira, o ator Reynaldo Gianecchini anunciou que recebeu o diagnóstico do tumor.
Ontem, o Hospital Sírio-Libanês, onde ele está internado, em São Paulo, confirmou o diagnóstico, conseguido por meio de biópsia. Segundo a literatura médica internacional, o número de notificações da doença cresce entre 3% e 4% ao ano. Em 2009, no Brasil, foram registrados 9.100 novas ocorrências. Os médicos desconhecem por que isso vem acontecendo.
Carlos Chiattone, professor de Hematologia e Oncologia da Santa Casa da capital paulista, declara que o envelhecimento da população pode estar entre as causas. O linfoma atinge todas as faixas etárias, porém incide mais em quem tem mais de 60 anos.
A minoria dos casos pode ter relação com imunodeficiência. Pacientes que se submetem a tratamentos contra doenças autoimunes, para receber transplante de órgão ou que contraíram aids estão sujeitos a um risco maior. Mas não dá para associar uma coisa à outra, admite Chiattone.
Causas ambientais também são investigadas, como o uso de pesticidas e solventes. Porém, segundo o médico, nem todas essas causas somadas dão conta de explicar o fenômeno. Os linfomas se dividem em duas grandes categorias: Hodgkin e não Hodgkin. A diferença está no tipo de célula detectada no exame patológico usado para diagnosticar a doença.
De acordo com a médica Yana Novis, coordenadora da Onco-Hematologia do Sírio-Libanês, os de tipo Hodgkin têm um prognóstico um pouco melhor do que os não Hodgkin, mas não dá para generalizar as chances de cura de cada paciente tendo só isso como base.
O tratamento dos linfomas não Hodgkin, em geral, é por meio de quimioterapia e imunoterapia. É usado um tipo de anticorpo que se liga às células de câncer. Isso permite que as defesas do próprio paciente as reconheçam e as destruam com mais eficiência. (da Folhapress)
E agora
ENTENDA A NOTÍCIA
Médicos apontam que as chances de cura ficam em torno de 60%, mas isso fica condicionado à condição física do paciente. Alguns sintomas da doença são inchaço indolor dos gânglios e suor noturno.
OPovo via PC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário