domingo, 31 de julho de 2011

Rogério Marinho usa dinheiro público para pagar programas de rádio no RN

 

Jornalistas da Folha de S.Paulo, Roberto Kaz e Guilherme Brendler assinam neste domingo uma reportagem mostrando que vários deputados federais usam dinheiro público para ter programas de rádio e de televisão em seus estados.

No caso, o dinheiro público é a verba indenizatória paga mensalmente pela Câmara.

A lista de sabidinhos é longa.

Anthony Garotinho, por exemplo, ex-governador do Rio de Janeiro, apresenta de segunda a sexta numa rádio fluminense o programa Fala Garotinho.

E outros 52 deputados federais seguem o mesmo caminho, graças ao dinheiro meu, seu, nosso.

Entre eles está um norte-rio-grandense, o deputado tucano Rogério Marinho, candidato declarado à prefeitura de Natal nas eleições do próximo ano.

"Rogério Marinho (PSDB-RN) gastou, entre fevereiro e junho deste ano, R$ 21 mil em duas rádios" - escrevem os jornalistas da Folha.

Para ler a íntegra da matéria, clique aqui se você é assinante do jornal ou do portal Uol.

Vilma de Faria - 'Há um chamamento para minha candidatura a prefeita'

Anna Ruth Dantas - Repórter

Oficialmente a ex-governadora Wilma de Faria mantém o discurso de que não decidiu sobre a candidatura a prefeita de Natal em 2012. Mas, ela traz comentários e respostas que levam a concluir pela sua tendência de disputar o Executivo da capital potiguar. Presidenta estadual do PSB, afirma que a prioridade da legenda é ter um "candidato bom" em Natal e Mossoró. Para o segundo maior colégio eleitoral do Estado, confirma o nome da deputada estadual Larissa Rosado.

Já em Natal, embora cautelosa, é evasiva ao falar sobre uma composição com o ex-prefeito Carlos Eduardo e contundente ao dizer que está tendo um "chamamento" para disputar a Prefeitura da capital potiguar. "De repente não estava no nosso planejamento de partido minha candidatura propriamente dita, mas a gente sente um chamamento. Esse chamamento tem sentido, precisa ser valorizado pelo nosso partido, a gente precisa parar para pensar sobre isso e estamos fazendo essa reflexão e um trabalho de pesquisa", comenta. Nesse projeto de retornar ao Executivo, a ex-governadora confirmou que já mantém conversas com o PT, PC do B, PPS e PTB. 

Foto:aldair dantas
Oficialmente a ex-governadora Wilma de Faria mantém o discurso de que não decidiu sobre a candidatura a prefeita de Natal em 2012. Mas, ela traz comentários e respostas que levam a concluir pela sua tendência de disputar o Executivo da capital potiguar.Entre as articulações para o pleito 2012, a presidente estadual do PSB admite que o partido passa por um momento delicado, já que filiados estão deixando o grupo. Wilma de Faria soube da saída oficial do deputado Gustavo Carvalho, que integra o diretório estadual do PSD, através da reportagem da TRIBUNA DO NORTE. Foi lacônica ao comentar o fato: "Eu prefiro que as pessoas julguem. Gustavo foi um companheiro, bom, leal, trabalhador e, realmente, me surpreende".

Sobre as administrações de Rosalba Ciarlini e Micarla de Sousa sobram críticas. Para a ex-governadora, a prefeita de Natal decepcionou por não ter realizado investimentos e não ter feito sequer os serviços básicos, como a limpeza da cidade.

Já quando fala da governadora Rosalba Ciarlini, Wilma disse que a atual gestora está apenas fazendo  "propaganda de obras iniciadas pela administração passada". "A governadora usa a estratégia de criticar o Governo Iberê e o Governo Wilma e, naturalmente, deixa de dizer as coisas que ela está fazendo em função da ação do nosso Governo", destaca.

Confira a entrevista que Wilma de Faria concedeu à TRIBUNA DO NORTE.

Como a senhora avalia a saída do deputado Gustavo Carvalho do PSB para o PSD (ela foi informada pela TRIBUNA DO NORTE de que o deputado havia assinado a ata da convenção do PSD)?

É uma pena perder um parlamentar, mas faz parte da dinâmica política. É só o que tenho a dizer.

A que a senhora credita? Seria mais um sintoma de que o PSB, pelo fato de não estar no poder, enfraqueceu?

Eu não vou fazer nenhuma crítica e não vou colocar nenhum juízo de valor em relação a essa questão. Eu prefiro que as pessoas julguem. Gustavo foi um companheiro, bom, leal, trabalhador e, realmente, me surpreende. Mas vamos continuar caminhando e fortalecendo o PSB.

Nesse projeto do PSB, quando o partido não tem a Prefeitura de Natal e o governo do Estado, como fortalecer uma legenda nessa adversidade?

É muito difícil, tendo em vista que estar na oposição, em um Estado como no Rio Grande do Norte... A gente sabe das dificuldades, porque as pessoas são muito dependentes e tudo mais. Mas temos consciência de que o partido tem seu caminho bem orientado do ponto de vista de um programa em relação aos interesses sociais e acho que deve atrair, de forma idealista, aqueles que desejam caminhar de forma progressista. Baseado nesse tema, nessa questão do idealismo, a gente vai trazer as pessoas para somarem conosco. A gente tem conseguido. Apesar de termos problemas, em algumas cidades temos alcançado... Hoje nós temos 15 prefeitos candidatos à reeleição. E depois também temos um benefício que é importante para a democracia que é a fidelidade partidária. O Congresso não legislou sobre isso, mas o judiciário, praticamente, legislou. Estou sobrevivendo na política sem ter os sistemas de comunicação, esse poderio todo que outros têm. Veja, do outro lado, o senador José Agripino é oposição à prefeita Micarla, mas hoje o vereador dele apóia a Prefeitura.

Quais serão os municípios prioritários para o PSB em 2012?

Pretendemos ter candidatos nas duas principais cidades do Rio Grande do Norte, que são Natal e Mossoró. Vamos ter candidatos bons. Vamos ter também candidatos nas cidades onde nós já temos prefeitos que são candidatos à reeleição e candidatos em outras cidades importantes. Nova Cruz é uma cidade importante e nós vamos ter candidato lá. Há outras novidades que vão acontecer.

Então, nessa ótica da senhora, quem é um candidato bom para o PSB colocar na disputa para Prefeitura de Natal?

Nós vamos analisar essas questões. As pessoas me colocam como possível candidata e não  posso dizer que isso vai acontecer, mas vamos aguardar um pouco porque está cedo.

O que pode lhe levar a voltar a disputar a Prefeitura de Natal?

Eu fui governadora, fico refletindo sobre todo processo. Vejo como está o Governo do Estado, esse início de governo, as dificuldades. Eu sinto o que a população também está sentindo em relação as mudanças que hoje ocorrem no Governo Rosalba, de não ter um diálogo maior das categorias dos profissionais que trabalham no Governo. Há uma reclamação sobre isso. Há uma reclamação de demissões feitas, preocupação com relação à continuação de obras estruturantes importantes do nosso Governo que fizeram com que o Rio Grande do Norte tivesse bons indicadores sociais e econômicos. Eu também estou focada na capital. Fui prefeita de Natal. Sei que a nossa capital é fundamental para o crescimento do nosso Estado, tendo em vista que temos uma Copa pela frente, em 2014. Nós lutamos muito para essa realidade (da Copa do Mundo de 2014). Hoje é uma realidade graças ao trabalho que fizemos junto com vários segmentos da população do Rio Grande do Norte. Eu entendo que Natal precisa passar por uma grande mudança.  Natal é uma capital que representa 25% da população do Rio Grande do Norte. No contexto das capitais do Nordeste, por exemplo, ela é muito importante, requer que tenhamos uma preocupação maior em tornar Natal uma cidade que cresça de forma sustentável. E nós temos problemas que precisam ser corrigidos. Natal precisa ser pensada como uma cidade que deve e pode ter um plano. Não basta você escolher nomes. Da forma como você pergunta quais são os nomes, é melhor perguntar qual o projeto. A gente vai trabalhar agora até o final deste ano com um projeto para Natal.

A senhora coloca que o PSB "terá um candidato bom"...

Ou vai ter um bom candidato ou vai apoiar um bom candidato. Um "bom candidato" é o que vai apresentar o melhor projeto.

Então o PSB pode abrir mão de ter um candidato próprio em Natal?

É possível.

'Larissa será candidata em Mossoró'

Dos nomes postos até agora como pré-candidatos, quem o PSB poderia apoiar?

Pode apoiar um candidato do nosso grupo, do nosso partido, onde o nome apontado tem sido o meu, mas por enquanto não tem nenhuma discussão (sobre apoiar nome fora do partido).

O fato da senhora ser a presidenta do PSB e estar em segundo lugar nas pesquisas divulgadas recentemente, a credencia e estimula a disputar?

Claro que me credencia, de repente não estava no nosso planejamento de partido minha candidatura propriamente dita, mas a gente sente um chamamento. Esse chamamento tem sentido, precisa ser valorizado pelo nosso partido. A gente precisa parar para pensar sobre isso e estamos fazendo essa reflexão e um trabalho de pesquisa. Com isso, vamos poder definir o nosso destino.

Vou insistir um pouco mais nessa pergunta. Neste momento a senhora está motivada a ser candidata a prefeita de Natal?

Eu não quero que você insista porque não posso lhe responder mais sobre isso. A motivação para enfrentar os desafios e as adversidades eu sempre tive. Idealismo para superar os problemas e encontrar um caminho vitorioso faz parte da minha história. Então isso já diz tudo. Agora evidente que você, como jornalista, quer antecipar os fatos. Mas a gente não pode antecipar. Eu tenho que ter a maior cautela nas minhas colocações porque a decisão é coletiva. Se é coletiva, preciso ouvir.

Algumas pessoas já chegaram a especular que a senhora poderia partir para Câmara de Vereadores.

Isso está fora de cogitação.

É possível uma composição com o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo?

Temos uma aproximação, já estivemos juntos. Mas ele tem a história dele, o posicionamento dele. Hoje ele tem um partido que não é o meu. A gente pode continuar conversando, como já conversamos outras vezes. Aliás, não tenho dificuldade de conversar com nenhum partido.

A senhora não tem dificuldade de conversar com nenhum partido?

Evidente que há partidos prioritários. Nossa aliança será principalmente com os partidos que já fizeram frente conosco na última eleição como o PPS, o PT, que é um partido importante no cenário nacional e cresceu em nível local. Temos também sido procurados para conversar com o PC do B. O PTB é outro partido que irá somar conosco. Vamos conversar também com o PP que vai ter uma nova orientação em nível estadual e conseqüentemente dos municípios também, principalmente em Natal. Enfim, a gente tem como crescer nessa aliança.

Alguns chegaram a comentar o nome da deputada estadual Márcia Maia (PSB) como vice na chapa de Carlos Eduardo...

Nunca houve isso. Quero deixar muito claro que em nenhum momento nosso partido reivindicou ou, por acaso, foi tratado esse assunto. Uma vez só foi tratado mas pelo ex-prefeito Carlos Eduardo que disse que queria uma aliança. Foi manchete de um jornal dizendo que ele queria que o PSB fosse aliado dele e que o nome bom seria o de Márcia Maia para ser a vice. Mas isso não ficou definido.

E o que a senhora pensa?

Isso nunca foi motivo da gente sentar na mesa e discutir. Não posso discutir nada que não seja de forma plural onde todos participem e isso não ocorreu ainda. Hoje mesmo encontrei em Caicó alguns vereadores e companheiros da executiva para discutir, mas sem definição. A definição vai amadurecer, vamos trabalhar nisso. Veja que a própria governadora e outros partidos falaram que podem lançar candidato. Acho que tudo é uma construção ao longo de 2011.

A senhora defenderia união de partidos como PT, PDT e PSB em torno de um único nome?

Seria o ideal que os partidos de oposição se unissem. Os partidos aliados ao Governo Federal. Mas uma outra proposta seria buscar alianças. Como se trata de eleição municipal e cada município é uma história, depende de aproximações e tudo mais. Então a gente pode conversar com outros partidos também. Veja que a gente propôs uma aliança com partidos que apóiam o Governo do presidente Lula, mas o PPS esteve aliado conosco em 2010. Isso pode acontecer também na eleição municipal.

Recentemente a senhora chegou a afirmar que sobre 2012 tinha dúvida, mas em 2014 havia certeza da candidatura.

Mas se por acaso eu for disputar em 2012, aí muda a história. É diferente. O que o nosso partido propunha era que eu fosse candidata em 2014. Mas começou haver um chamamento para 2012 e só tomo qualquer posição após a discussão. Jamais poderia ser candidata a prefeita de Natal, um cargo muito importante, e dizer que sou candidata em 2014. Seria contraditório, um desrespeito a Natal.

O partido propôs a senhora ser candidata a que em 2014?

O partido não propôs, mas nós definimos que seria candidata em 2014 ao Senado, poderia ser. Não teria uma definição. Poderia ser candidata a vários cargos. Mas vamos falar de 2012, vamos deixar 2014 para depois. 2014 vai depender de 2012. 2014 não acontece sem 2012.

Seu nome foi muito comentado para ocupar um cargo no governo federal. O que houve de concreto?

O PSB não concretizou os cargos que estavam previstos para o partido em nível regional. Então ficou em compasso de espera e eu preferi ficar em Natal cuidando do meu partido.

O Senado Federal continua lhe encantando?

[Ela sorri e para um pouco] É um cargo importante. Não é que me encante, os senadores são muito importantes para o Estado. É fundamental que se preocupe também com o Senado. Mas isso tudo será uma questão para o futuro.

O Governo da senhora foi alvo de muitas críticas por parte da governadora Rosalba Ciarlini. A senhora se sente injustiçada?

Não. Entendo que é estratégia política dela. A governadora usa a estratégia de criticar o governo Iberê e o Governo Wilma e, naturalmente, deixa de dizer as coisas que ela está fazendo em função da ação do nosso governo, passando por adutoras, saneamento básico, estradas, financiamentos todos já assegurados, projetos e obras em andamento, como a continuação da Prudente de Morais que é a nova entrada para a cidade. Tudo que a governadora fez até agora de propaganda foi dizer o que o nosso governo estava fazendo. Ela está fazendo propaganda das obras dos Governos Wilma e Iberê.

Qual a visão que a senhora tem hoje da administração Micarla de Sousa?

A administração de Micarla de Sousa, além de não ter conseguido realizar obras estruturantes importantes para mudar o crescimento da cidade, deixou de fazer o básico. A cidade está suja, com lixo, esburacada, sem pavimentação adequada, o trânsito caótico. Isso define bem claramente como está o atual governo da Prefeitura de Natal. A gente precisa que tenha um maior cuidado. Eu, por toda minha   história, todas as minhas vitórias começaram por Natal, preciso ter muito cuidado em relação a essa questão, independente de ser candidata ou não, precisamos trabalhar um projeto para Natal. Transporte urbano é problema seríssimo hoje para Natal. Assumi o compromisso de colocar o Veículo Leve sobre Trilho no PAC 2 e foi colocado. Precisamos ter os equipamentos importantes na área de portos, o terminal de passageiros,

No início dessa entrevista a senhora disse que o PSB terá candidato próprio em Mossoró. Quem será?

A deputada Larissa Rosado. Ela será candidata. Já discutimos isso várias vezes e está confirmado.