quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sem Steve Jobs, indústria tecnológica mundial fica órfã


Criador da Apple, uma das marcas mais famosas do mundo, Steven Paul Jobs (Steve Jobs)  morreu nesta quarta-feira, aos 56 anos. Criador do estúdio de animação Pixar e pai de produtos como o Macintosh, o iPhone e o iPad, Jobs era admirado pelos consumidores de seus produtos e por boa parte dos funcionários da empresa que fundou em uma garagem no Vale do Silício, na Califórnia, e ajudou a transformar na maior companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado.

Steve Jobs foi um dos maiores defensores da popularização da tecnologia. Acreditava que computadores e gadgets deveriam ser fáceis o suficiente para ser operados por qualquer pessoa, como gostava de repetir em um de seus bordões prediletos era “simplesmente funciona” (em inglês, “it just works”), impacto que foi além de sua companhia e ajudou a puxar a evolução de produtos como o Windows, da Microsoft.

A luta de Steve Jobs contra o câncer desde 2004 o deixou fisicamente debilitado nos anos de maior sucesso comercial da Apple, que escapou da falência no final da década de 90 para se transformar na maior empresa de tecnologia do planeta. Desde então, passou por um transplante de fígado e viu seu obituário publicado acidentalmente em veículos importantes como a Bloomberg.

Foi obrigado a lidar com a morte, que temia, como a maioria dos norte-americanos de sua geração, desde os dias de outubro de 1962 que marcaram o ápice da crise dos mísseis cubanos. “Fiquei sem dormir por três ou quatro noites porque temia que se eu fosse dormir não iria acordar”, contou, em 1995, ao museu de história oral do Instituto Smithsonian.

– Ninguém quer morrer. Mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. E, por outro lado, a morte é um destino do qual todos nós compartilhamos. Ninguém escapa. É a forma como deve ser, porque a morte é provavelmente a melhor invenção da vida. É o agente da vida. Limpa o velho para dar espaço ao novo – disse, posteriormente, em discurso a formandos da universidade de Stanford em junho de 2005, um feito curioso para um homem que jamais obteve um diploma universitário.

Confirmação
No início da noite desta quarta-feira, a Apple divulgou uma nota oficial sobre a morte de Steve Jobs:
“A Apple perdeu seu gênio criativo e visionário, o mundo perdeu um ser humano maravilhoso. Aqueles que foram sortudos o suficiente para conhecer e trabalhar com Steve perderam um grande amigo e um mentor. Steve deixa uma companhia que apenas ele poderia ter construído e o seu espírito será a base da Apple para sempre”, informou a empresa.

O executivo sofria com um câncer no pâncreas.

Zen-budista
O zen-budista Steve Jobs deixa a indústria da tecnologia órfã daquele que, de longe, viu o que havia depois do horizonte tecnológico mundial. Ele preconizou a música digital armazenada em memória flash quando o mercado ainda debatia se não seria mais interessante proteger os CDs para fugir da pirataria.

– Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido – afirmou, em entrevista à revista Fortune, ainda em 2008.

Em 2010, quando perguntado sobre quanto a Apple havia gasto com pesquisa com consumidores havia sido feito para a criação do iPad, Steve Jobs respondeu que “não faz parte do trabalho do consumidor descobrir o que ele quer. Não gastamos um dólar com isso.”

Casado com Laurene Powell desde 1991, Jobs deixa quatro filhos: Reed Paul, Erin Sienna, e Eve, nascidos de seu relacionamento com Laurene, e Lisa Brennan-Jobs, de um relacionamento anterior com a pintora Chrisann Brennan.

CdB via PC

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